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Marketing médico: o que não é permitido

Pode ou não pode? O que é NÃO é permitido no marketing médico.

Pode ou não pode? O que é NÃO é permitido no marketing médico.

No contexto do marketing médico, é fundamental destacar que o exercício dessa atividade envolve relações assimétricas e frequentemente lida com momentos delicados e desafiadores na vida das pessoas. Portanto, exige dos profissionais e dos empreendimentos de saúde um cuidado extra no que diz respeito aos aspectos éticos, especialmente quando se trata de publicidade.

Como já discutimos anteriormente, algumas ações no marketing médico são permitidas, desde que siga as diretrizes e regulamentações estabelecidas. No entanto, é crucial estar ciente das regras que devem ser rigorosamente respeitadas para construir uma imagem de credibilidade e, assim, conquistar a confiança e a fidelização dos pacientes.

A seguir, abordaremos algumas das proibições mais significativas relacionadas ao marketing médico.

Dados obrigatórios

No âmbito do marketing médico, existem regras estritas relativas aos dados obrigatórios que devem ser incluídos em qualquer forma de anúncio. Essas regulamentações visam garantir a transparência, a segurança e a confiabilidade das informações fornecidas aos pacientes em potencial. Portanto, é estritamente proibido veicular anúncios que não atendam a essas exigências.

Em primeiro lugar, é imperativo que os profissionais de saúde, ao promoverem seus serviços, incluam informações cruciais, tais como o nome do médico e o seu número de registro no Conselho Regional de Medicina (CRM). O número do CRM deve indicar o estado da Federação no qual o médico está registrado, fornecendo ao público uma referência sobre a jurisdição sob a qual ele atua. Além disso, se o médico anunciar uma especialidade, é mandatório que divulgue o Registro de Qualificação de Especialista (RQE) correspondente, assegurando que os pacientes tenham conhecimento da sua expertise em uma área específica da medicina.

De maneira similar, as clínicas e outros estabelecimentos de saúde estão sujeitos a essas regulamentações. Eles não podem deixar de divulgar o nome do diretor técnico da unidade e seu número de registro profissional. Essa informação é essencial para que os pacientes tenham a certeza de que a clínica está em conformidade com as regulamentações e é supervisionada por um profissional devidamente credenciado.

Divulgação de técnicas

Os profissionais de saúde frequentemente buscam aprimorar suas qualificações e habilidades para oferecer um atendimento de maior qualidade aos seus pacientes. No entanto, é fundamental que, ao divulgar essas qualificações, certos cuidados sejam rigorosamente observados. Existem regras estritas em relação à promoção de técnicas e capacidades profissionais, cuja violação pode resultar em implicações éticas e legais.

Uma das proibições mais importantes é a divulgação de técnicas como sendo de uso exclusivo ou a alegação de que o uso de equipamentos exclusivos concede uma capacidade privilegiada em relação aos demais profissionais. Isso é estritamente vedado, uma vez que pode criar uma falsa impressão de superioridade e enganar os pacientes.

Outra prática não permitida é a garantia de resultados positivos por meio do uso de técnicas ou terapias específicas. Os resultados na área médica podem variar amplamente de paciente para paciente, e garantir um resultado positivo não apenas é antiético, mas também pode ser enganoso e desonesto.

Além disso, não é permitido expor a imagem de pacientes para promover técnicas ou tratamentos, mesmo que haja autorização por parte do paciente. A privacidade e o consentimento informado dos pacientes devem ser respeitados em todos os momentos.

É crucial observar que também não é permitido anunciar técnicas, métodos, tratamentos ou áreas de atuação que ainda não tenham reconhecimento científico. A promoção de abordagens que não foram validadas pela comunidade científica pode ser enganosa e potencialmente perigosa para os pacientes.

Adicionalmente, reivindicações de originalidade, ideias inovadoras, descobertas ou ilustrações não podem ser divulgadas como se fossem exclusivas ou únicas, a menos que haja uma justificação legítima para isso.

Por fim, é importante destacar que não é permitido criticar publicamente técnicas utilizadas por outros colegas, acusando-as de ultrapassadas ou inadequadas. A competição no campo da saúde deve ser baseada em práticas éticas e respeitosas.

Redes sociais

Nas redes sociais, os profissionais de saúde têm permissão para utilizar essa poderosa ferramenta de comunicação para divulgar seus serviços, bem como promover seus consultórios ou clínicas. No entanto, é crucial estar ciente das restrições e diretrizes rigorosas que regem o marketing médico nas plataformas de mídia social, a fim de manter a integridade e a ética do setor.

Em primeiro lugar, a boa notícia é que é permitido compartilhar informações relacionadas à saúde nas redes sociais, com o objetivo de esclarecer a população sobre tópicos de interesse médico. Isso pode incluir publicações informativas, dicas de saúde e outros conteúdos educacionais que beneficiem a comunidade. No entanto, é importante respeitar os limites éticos, uma vez que não é permitido dar consultas, diagnósticos ou prescrições por meio de veículos de comunicação, como as redes sociais. Essa prática é reservada ao ambiente de atendimento clínico, embora, vale ressaltar, a telemedicina seja uma modalidade reconhecida para esse fim.

Além disso, a divulgação de imagens de “antes e depois” de procedimentos médicos, a divulgação de preços de serviços médicos e descontos promocionais, a oferta de serviços gratuitos para angariar pacientes, bem como a oferta de serviços como prêmios em concursos ou sorteios, são estritamente proibidos nas redes sociais. Essas práticas podem ser enganosas e prejudicar a integridade da profissão médica.

No que diz respeito ao telemarketing, é importante observar que o contato direcionado à população em geral não é permitido. No entanto, não há restrição quanto ao uso de telefone, e-mail ou aplicativos de mensagens instantâneas para gerenciar o relacionamento com os pacientes. Essa comunicação pode ser útil para lembrar os pacientes sobre consultas agendadas, compartilhar resultados de exames ou fornecer informações importantes sobre o tratamento. A gestão eficaz desse relacionamento com os pacientes pode ser aprimorada por meio do uso de um Software de Gestão para Clínicas e Consultórios, que permite a integração da agenda e prontuários em um único sistema, tornando o atendimento mais eficiente e conveniente.

Especialidades 

No contexto do marketing médico, é essencial entender que a divulgação de especialidades, títulos, áreas de atuação e qualificações exige uma aderência rigorosa às regulamentações estabelecidas. Essas restrições visam garantir a integridade e a confiança na profissão médica, bem como proteger os pacientes de informações enganosas ou inadequadas.

Uma das proibições mais fundamentais é a divulgação de especialidades ou qualificações que não tenham registro no Conselho Federal da profissão médica ou que não sejam reconhecidas por esse órgão regulador. Isso significa que os profissionais de saúde só podem promover as especialidades e títulos que foram oficialmente reconhecidos e registrados pelo órgão competente. Divulgar especialidades não reconhecidas pode ser enganoso para os pacientes, além de prejudicar a credibilidade do profissional.

Portanto, antes de iniciar qualquer campanha de marketing médico, é imperativo que os profissionais verifiquem cuidadosamente suas qualificações, especialidades e áreas de atuação para garantir que estejam em conformidade com as regulamentações do Conselho Federal da profissão médica.

Em última análise, o cumprimento estrito dessas regras e regulamentações é fundamental para garantir que o marketing médico seja conduzido de maneira ética e responsável. Respeitar essas diretrizes não apenas mantém a integridade da profissão, mas também assegura que os pacientes recebam informações precisas e confiáveis sobre os profissionais de saúde em quem confiam para seu bem-estar. Portanto, ao adotar práticas de marketing médico, os profissionais devem ter certeza de que estão em conformidade com as regulamentações relevantes, a fim de promover uma prática ética e transparente.

Conclusão

Em conclusão, o marketing médico desempenha um papel crucial na promoção de serviços de saúde e na construção de relacionamentos sólidos com os pacientes. No entanto, é de suma importância que os profissionais da área médica estejam plenamente cientes das regulamentações estritas que regem essa atividade. A promoção ética e transparente é fundamental para manter a integridade da profissão médica e para proteger os pacientes de informações enganosas ou inadequadas.

Para garantir o sucesso no marketing médico, os profissionais devem adotar práticas responsáveis e manter-se atualizados sobre as regulamentações em constante evolução. A tecnologia, como os softwares de gestão de clínicas e consultórios, pode ser uma aliada valiosa nesse processo, ajudando a simplificar a administração e aprimorar o relacionamento com os pacientes.

Portanto, ao aplicar o marketing médico, é essencial garantir que todas as estratégias e táticas estejam alinhadas com as regulamentações éticas, a fim de alcançar o sucesso profissional enquanto mantém a integridade da profissão médica. O marketing responsável não apenas beneficia os médicos e as clínicas, mas, o que é mais importante, assegura que os pacientes recebam informações precisas e confiáveis sobre seus cuidados de saúde, o que é essencial para seu bem-estar e segurança.

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